Um episódio de violência política chocou a Câmara de Vereadores da Barra de Santo Antônio. A vereadora Lizi, ao defender um projeto que garante licença maternidade e trabalho híbrido para gestantes, puérperas ou adotantes no legislativo municipal, foi alvo de argumentos considerados desrespeitosos e insensíveis. Durante a discussão, a vereadora Simony Farias, colega de parlamento comparou a gravidez a uma doença e questionou a viabilidade de apoiar uma vereadora grávida, citando a falta de uma TV no plenário e a ausência de um notebook fornecido pela casa legislativa como justificativas.
Lizi reagiu com indignação ao desrespeito. “Minha gravidez foi equiparada a uma doença, e meus direitos, reduzidos a uma discussão sobre a falta de equipamentos. Isso é inaceitável”, declarou. A vereadora destacou que o projeto, já aprovado em comissão, busca garantir que as mulheres políticas não precisem escolher entre a maternidade e a carreira.
O caso gerou revolta nas redes sociais, onde Lizi reforçou seu compromisso com a causa. “Vivi na pele o que muitas mulheres enfrentam diariamente: a falta de respeito e apoio. Não vou me calar. Lutarei para que nenhuma mulher seja penalizada por ser mãe”, afirmou.
O projeto foi alvo de pedido de vistas pela vereadora Simony, que terá 15 dias para apresentar emendas antes da votação em plenário. O episódio reacende o debate sobre a necessidade de políticas públicas que garantam direitos básicos às mulheres, especialmente no ambiente político, ainda marcado por desigualdades de gênero.
A comparação entre gravidez e doença e a desvalorização dos direitos maternos evidenciam desafios que precisam ser superados para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.