O homem preso em Maceió por fraudar uma instituição financeira, após identificar uma falha no sistema da mesma, vivia vida de luxo e gastava o dinheiro obtido de forma ilícita ao adquirir bens de alto valor em bons restaurantes e com procedimentos estéticos.
O delegado Filipe Caldas, da Seção de Crimes contra Instituições Financeiras/Serb da DRACCO, contou que ele foi preso no momento em que deixava um restaurante renomado na capital alagoana.
A prisão aconteceu após a polícia ser acionada pela instituição financeira no momento em que o “hacker” conseguiu subtrair a quantia de R$ 48.825. Elementos como filmagem dos local de trabalho do suspeito e a CPU utilizada por ele ajudaram a comprovar a fraude, que aconteceu 13 vezes, sendo que nas últimas, os valores subtraídos eram altos e começaram a chamar a atenção da instituição financeira.
Segundo o delegado, o suspeito simulava operações para ter acesso ao dinheiro. “Ele fazia uma operação fictícia, depois cancelava e acabava gerando um estorno, um crédito na conta dele. Quando o dinheiro entrava, ele, imediatamente, realizava TEDs e Pix para outras contas que tinha em pelo menos 8 bancos digitais”, afirmou Filipe Caldas.
Segundo a Polícia Civil, com os mais de R$ 300 mil que ele conseguiu obter desde agosto, por meio desse esquema, o homem deu entrada em um apartamento, comprou um carro à vista, fez procedimento estético e levava uma vida aparentemente tranquila, frequentando bons restaurantes da cidade.
“Ele identificou falhas no sistema e verificou que os testes, no valor de R$ 0,01, deram certo, então começou a colocar outros valores, maiores, mas, até então, nada muito relevante. Até que, nas últimas três ou quatro vezes em que aplicou a fraude, conseguiu subtrair quantias significativas, que chamaram a atenção da instituição financeira. Então, ele vinha sendo monitorado, até que, na última sexta-feira, numa nova tentativa, a 13ª vez que fraudava a plataforma digital, ele conseguiu subtrair R$ 48.825 da instituição financeira”, destaca o delegado.
O homem, que não teve identidade revelada, trabalhava em uma multinacional. O computador recolhido está sendo encaminhado para perícia para continuidade das investigações. Ao ser detido, ele negou o fraude, mas depois admitiu a prática. Agora, deve responder por furto qualificado mediante fraude.
Fonte – GazetaWeb