Diante da crescente preocupação com a segurança na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Conselho Universitário (Consuni) realizou, nesta terça-feira (4), uma sessão extraordinária para debater soluções para o problema. Durante a reunião, foi aprovada a criação de uma comissão que irá dialogar com as forças de Segurança Pública do estado para solicitar apoio e medidas concretas que garantam a proteção da comunidade acadêmica.
A sessão, presidida pela reitora em exercício, Eliane Cavalcanti, durou cerca de quatro horas e contou com a participação de 50 conselheiros, representando docentes, estudantes e técnicos administrativos. A proposta de buscar reforço na segurança junto ao governo estadual foi aprovada por ampla maioria, com apenas dois votos contrários e uma abstenção. “Nosso objetivo é estabelecer uma parceria eficiente com as forças de segurança do estado para que possamos oferecer um ambiente seguro para todos na universidade”, afirmou Cavalcanti.
A comissão responsável pelo diálogo com o governo contará com representantes de cada segmento universitário, além de entidades como o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi).
Além da solicitação de reforço no patrulhamento, a comissão também avaliará a situação interna da universidade e apresentará uma proposta estruturada de segurança, que será debatida na próxima sessão do Consuni, marcada para o dia 11 de fevereiro.
Enquanto as negociações avançam, algumas ações emergenciais já foram implementadas. Técnicos administrativos que atuam no período noturno no Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) foram transferidos para outro prédio como medida preventiva.
A crescente insegurança no campus tem mobilizado a comunidade acadêmica, que cobra ações efetivas para proteger estudantes e servidores. Durante a sessão, diversos participantes reforçaram a urgência de um plano estruturado que garanta a tranquilidade das atividades acadêmicas.
Com a iniciativa, a Ufal espera que o governo estadual colabore com o reforço da segurança e ajude a garantir um ambiente mais seguro para todos. A expectativa é que, nos próximos dias, a comissão avance nas negociações e traga soluções concretas para o problema.
