O tremor de terra registrado na última terça-feira (3) no litoral de Paripueira, Região Metropolitana de Maceió, ocorreu a uma profundidade de apenas três quilômetros e a 18 km da orla, conforme revelado pelo geofísico Eduardo Menezes, do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis). O fenômeno, de magnitude 2.4 na escala Richter, apesar de leve, reacendeu discussões sobre a necessidade de monitoramento sísmico em Alagoas.
Segundo Menezes, eventos como esse são causados por acomodações nas camadas geológicas, comuns na Região Nordeste, devido à presença de falhas geológicas e fragmentos de rochas antigas. Ele também destacou que o Brasil, embora esteja no centro de uma placa tectônica, possui zonas de cisalhamento que podem liberar energia em pequenos blocos, provocando tremores de baixa magnitude.
Moradores da cidade litorânea provavelmente não perceberam o tremor, devido à baixa intensidade e profundidade. No entanto, a ocorrência reforça a importância de estudos mais detalhados sobre a sismicidade na região, considerando que fenômenos semelhantes já foram registrados em áreas próximas.
O evento não causou danos materiais, mas serve de alerta para ampliar a vigilância sobre atividades sísmicas no estado, a fim de compreender melhor os riscos e as características das falhas geológicas sob o território alagoano.