Quem conhece Rui Palmeira sabe que ele jamais dirá em público que carrega, hoje, o sentimento de “traição”, que teria sido praticada pelos vereadores do PSD.
Ele precisa levar em conta que, assim como ele, todos os que estão no meio querem nele permanecer.
Os vereadores Joãozinho e Teca Nelma deixaram o PSD – assim como o suplente Alan Balbino – por não verem chance de reeleição pela legenda.
Mais: o ex-prefeito de Maceió vem sendo pressionado pelo presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, que ele entregou o diretório regional, tomando-o de Marx Beltrão.
Ainda: Palmeira ganhou, como prêmio de consolação, em 2022, uma secretaria que seria importante, mas que se tornou clandestina sob o seu comando.
Ele sabia que os Calheiros não gostam dele nem o perdoam, aceitando-o no grupo, em 2020, porque ele era útil. Depois disso, fora do “grupo de zap”.
Creio que Palmeira, que antecipou seu “tudo ou nada” político, deva se eleger vereador de Maceió, se não seria mesmo o fundo do poço político, mas seu desafio é bem maior: ser o mais votado numa eleição em que o quociente eleitoral supera os 15 votos.
Texto – Ricardo Mota
Fonte – Cada Minuto