Os herdeiros do ex-deputado e usineiro João Lyra foram impedidos pelo Judiciário alagoano de se manifestar nos autos dos processos sobre a Massa Falida da Laginha, conglomerado que detém três usinas de açúcar e etanol no estado, além de uma dívida com o Fisco estimada em R$ 3,4 bilhões. A informação foi revelada nesta segunda-feira (14) pelo portal Metrópoles.
Os cinco filhos de Lyra e a viúva, Thereza Collor, querem a destituição da inventariante do ex-deputado, Maria de Lourdes, a Lourdinha Lyra, e do escritório Telino e Barros Advogados Associados da empresa, que faz a administração judicial. Os herdeiros têm alegado que Telino e Barros tem promovido acordos desvantajosos para os credores.
Ao questionar a gestão tributária dos advogados, Thereza Collor foi impedida por magistrados, junto aos herdeiros, de se manifestarem nos autos do processo. As manifestações, a mando da Justiça, foram extraídas dos autos. A situação começou a mudar de tom quando Antônio Lyra, um dos herdeiros, manifestou-se contra a contratação de um novo advogado.
A Justiça de Alagoas respondeu que sua petição somente seria analisada após enviar declaração de imposto de renda e outros documentos, que a lei exige do administrador da empresa. Antônio Lyra não é administrador da Laginha, mas sim sócio-minoritário.
Junto à decisão, na última semana, o escritório Telino e Barros apresentou pedido de “medida cautelar” para que todos os bens de Antônio fiquem indisponíveis, enquanto se apura sua eventual responsabilidade pela falência da Laginha. (Guilherme Amado e Bruna Lima)
Fonte – Extra