Na manhã desta quarta-feira, 13, a Polícia Civil de Alagoas avançou na investigação sobre a explosão que resultou na morte de três pessoas no bairro Cidade Universitária, em Maceió. A delegada Cássia Mabel, responsável pelo caso, confirmou que o vazamento de gás de cozinha é a principal hipótese para a causa da tragédia. O vendedor de churros Gilvan da Silva, uma das vítimas, costumava manipular gás de cozinha, transferindo-o de botijões maiores, de 13 kg, para outros menores utilizados em seu carrinho de churros. Segundo depoimento de um dos filhos de Gilvan, essa prática era rotineira.
O acidente ocorreu na quinta-feira passada, 7 de novembro, em um apartamento do residencial Maceió I, que desabou após a explosão. No local, além de Gilvan, também faleceram seu neto, Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, de 10 anos, e o ajudante de construção Wesley Lopes da Silva, de 36 anos. Outras cinco pessoas ficaram feridas, e a esposa de Gilvan, assim como outro neto, permanecem hospitalizados, aguardando recuperação para prestarem depoimento.
No local da explosão, a Polícia Científica recolheu 17 botijões de gás. As análises iniciais indicam que a explosão pode ter se originado no banheiro do apartamento onde Gilvan residia com sua família. Em resposta ao ocorrido, a Defesa Civil de Maceió evacuou temporariamente 20 apartamentos para vistorias estruturais. Alguns desses apartamentos já foram liberados para retorno dos moradores, mas o caso trouxe atenção para os riscos de manipulação inadequada de gás em áreas residenciais.