Uma força-tarefa composta por especialistas do Instituto de Criminalística (IC), Polícia Civil, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil está utilizando tecnologia avançada para investigar o desabamento de um prédio no Residencial Maceió I, na Cidade Universitária, que deixou três mortos e outros feridos. Drones e escaneamento 3D são algumas das ferramentas empregadas para reconstruir a dinâmica do acidente e determinar as causas da explosão.
De acordo com Charles Mariano, perito criminal e chefe do IC, esse é um trabalho feito com várias instituições.”Nosso prazo legal é de 10 dias. Então, não havendo nenhum entrave, estaremos fornecendo essas informações. O objetivo é traçar a dinâmica do que aconteceu”, afirmou.
Composta por 10 profissionais, entre peritos, auxiliares, servidores do Instituto Médico Legal (IML) e médicos legistas, a equipe encontra-se na fase preliminar das investigações.
“Estamos delimitando os espaços, e após a varredura, nossas equipes especializadas vão verificar as evidências, como a presença de material explosivo, caso o botijão de gás realmente tenha sido a causa. Também estamos realizando o levantamento dos corpos, o que ajuda a entender onde cada vítima estava no momento do fato”, detalhou Mariano.
O impacto da explosão foi tão intenso que objetos foram projetados a uma grande distância, afetando diversos apartamentos próximos. Segundo o perito, a avaliação do estado dos imóveis atingidos será feita por engenheiros e químicos da equipe multidisciplinar, que buscam preservar evidências espalhadas no local.
“Ainda é cedo para afirmar a causa da explosão. A ignição pode ter sido gerada por uma fagulha ou até mesmo uma lâmpada acesa. Mas é prematuro estabelecer as causas reais. Faremos imagens aéreas com drones, escaneamento em 3D do imóvel e usaremos a expertise dos peritos criminais presentes para identificar as causas”, concluiu Mariano.