A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor nível já registrado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa uma queda em relação ao trimestre encerrado em julho deste ano, que havia registrado 6,8%, e também em comparação a outubro de 2023, quando ficou em 7,6%.
O levantamento aponta que a população ocupada alcançou 103,6 milhões de pessoas, marcando um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior e de 3,4% na comparação anual. Esse número é o maior já registrado pela Pnad Contínua.
Por outro lado, a população desocupada recuou para 6,8 milhões, representando uma redução de 8% (menos 591 mil pessoas) em comparação ao trimestre encerrado em julho e de 17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) na comparação anual. Este é o menor contingente de pessoas desocupadas desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores brasileiros foi estimado em R$ 3.255, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior, mas com um crescimento de 3,9% em comparação ao mesmo período de 2023.
A massa de rendimento real habitual somou R$ 332,6 bilhões, um aumento de 2,4% (R$ 7,7 bilhões) no trimestre e de 7,7% (R$ 23,6 bilhões) no acumulado do ano.
Os dados reforçam a recuperação gradual do mercado de trabalho no país, impulsionada pela retomada econômica em diversos setores. Apesar dos avanços, especialistas destacam a importância de manter políticas públicas que fomentem a geração de empregos e a valorização salarial, garantindo maior estabilidade para os trabalhadores brasileiros.