Está chovendo pouco em Alagoas, mas é importante lembrar que estamos no inverno e o risco de enchente não passou. Também há preocupação com a movimentação da nuvem política que já provoca estado de atenção em algumas candidaturas. Esse movimento, quando sai do controle, guardada as proporções, provoca efeitos tão drásticos quanto à violência das enxurradas.
Com relação à mudança da nuvem política outro bom exemplo, por escolhas equivocadas, pode ser visto no pós-eleição de Rui Palmeira, Alfredo Gaspar de Mendonça e Renan Filho. Em 2020 os três estavam na linha de frente da megacampanha de Alfredo à Prefeitura de Maceió. Dois anos depois os três estavam na disputa, mas em coligações diferentes. Com dois detalhes que chamam a atenção para mudança da nuvem: Alfredo venceu para federal pelo União Brasil, mas num compromisso pessoal com Arthur Lira, de quem havia sido adversário nas eleições de 2020 (Arthur estava com Davi Filho). Dois anos depois ambos estavam aliados de JHC, de quem foram adversário. Ou seja: a movimentação da nuvem foi tão violenta que todos ficaram – e ainda permanecem – no mesmo pacote.
Por enquanto não é possível prever o tempo político para as convenções, muito menos para o resultado das eleições de outubro. Sabe-se, tão somente, que está aberta a temporada da desistência de candidaturas, que chegou a hora de negociar apoio e também é aguardado o “fator novo” que, geralmente, muda o rumo de eleições.
Olhe para o calendário e perceba que já passamos da metade de 2024 e 2026 é logo ali. Tão próximos e tão distantes (acertos, separações, traições e desistências).
Por Wadson Regis