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O prefeito de Boca da Mata, Bruno Feijó, acusou o vereador Valtinho Acioli de racismo. A acusação se baseia em discurso realizado na sessão dessa quarta-feira (17) pelo vereador. Bruno Feijó afirmou em suas redes sociais que foi chamado de macaco por Valtinho.

Em seu perfil no Instagram (assista aqui), Bruno Feijó publicou um vídeo alegando que a fala de Valtinho foi direcionada a ele. "De forma violenta e inflamada, fui vítima de um insulto discriminatório, sendo chamado pejorativamente de “macaco” pelo vereador de oposição, Valtinho Acioli", afirmou.

Feijó também reforçou que não aceitará nenhum tipo de violência discriminatória. "O racismo é uma violência que oprime, segrega e fere. A democracia garante o bom debate de ideias e a disputa política. No entanto é inaceitável que representantes do povo, usem a tribuna proferirem discursos de preconceito e de ódio", continuou.

Entenda o caso

Valtinho fez um discurso em que proferiu críticas à realização da distribuição de presentes do Dia das Mães, durante sessão em Boca da Mata, no último domingo (14).

Em sua fala, o vereador fez alusão, sem citar nomes, chamando uma pessoa de "macaco adestrado".

"Recebi diversas reclamações que lá usaram diversos codinomes. Codinomes de canguru, de outros codinomes, mas quero dizer que a sociedade sabe que o canguru não é ofensivo. Talvez o macaco, aquele macaco adestrado, que muitas vezes é ensinado a roubar, ofereça mais risco à sociedade. Inclusive, macaco que o Ministério Público anda atrás, que a Polícia Federal anda atrás, talvez esse ofereça mais risco à sociedade, porque a gente sabe o que acontece", afirmou Valtinho no Plenário da Câmara Municipal de Boca da Mata.

"Muitas vezes, quando esse macaco adestrado age, sabe o que acontece, muitas vezes falta remédio das farmácias, muitas vezes é preciso taxar os aposentados. [...] Eu quero deixar claro aqui que o canguru, ele pula, mas talvez não ofende tanto a sociedade. O macaco tanto ele pula, como ele pode ser adestrado para o bem, como para o mal. Mas não posso nem usar esses codinomes, porque muitas vezes ofende até o próprio animal", continuou o parlamentar.

Valtinho Acioli não se posicionou sobre a declaração de Bruno Feijó até a publicação desta matéria.