A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) abriu as inscrições para o I Workshop Estadual das Leishmanioses, que irá ocorrer nos dias 15 e 16 de agosto, das 9h às 18h, no auditório da Uncisal, no Trapiche, em Maceió. O evento é destinado aos coordenadores de Vigilância Epidemiológica, de Endemias e para os agentes de Combate às Endemias, que devem garantir suas participações de forma online, acessando o link [https://doity.com.br/workshop-estadual-das-leishmanioses].
O I Workshop Estadual das Leishmanioses será realizado por meio da parceria com a Secretaria de Estado da Cidadania e Pessoa com Deficiência (SECDEF), e visa debater soluções e atualizações dos serviços frente ao Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses (PCL), fortalecendo o combate à doença no Estado. A leishmaniose, que pode provocar desde lesões na pele a infecções viscerais, que podem levar à morte, é uma doença infecciosa causada por parasitas, que são transmitidos pela picada de insetos chamados de flebotomíneos.
De acordo com o médico veterinário do Programa Estadual de Vigilância e Controle das Zoonoses, Clarício Bugarim, o evento irá proporcionar, além de aprendizado, uma troca de conhecimentos, assim como um momento para compartilhar as realidades locais. “Nosso objetivo é estimular todos os municípios a realizarem, principalmente durante o mês de Agosto, ações com foco no mês de combate e prevenção às leishmanioses. Esse é o segundo ano consecutivo que trabalhamos essa data e contamos com a participação de todos profissionais de saúde que atuam nos 102 municípios”, salientou.
Clarício Bugarim reforçou a importância da prevenção destas doenças infecciosas que afetam seres humanos e animais. “O momento será oportuno para intensificarmos as medidas de combate à doença, que é uma das zoonoses de maior relevância para a saúde pública, uma vez que atinge os seres humanos, animais e sofre interferência do meio ambiente em que vivemos”, esclareceu.Sintomas, Diagnóstico e Prevenção.
A DOENÇA
A leishmaniose pode ser visceral ou cutânea. No caso da visceral os sintomas são febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e ou das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen em razão do aumento do fígado e do baço. Já com relação à cutânea, duas a três semanas após a picada do flebótomo, a pele fica avermelhada e surgem feridas recobertas por crostas ou secreções purulentas, além de também poder surgirem lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.
Com relação ao diagnóstico, ele ocorre por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte. No caso de cães acometidos pela doença, já existe tratamento autorizado no país, conforme Nota Técnica nº 11/2016, devendo ser prescrito e acompanhado por médico veterinário.
Quanto às medidas de prevenção à leishmaniose, o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salienta que a população deve adotar medidas simples, mas, que são eficazes, conforme estudos realizados por especialistas. “Além de evitar construir casas em áreas muito próximas à matas, é importante dedetizar as residências, evitar banhos de rios localizados perto de matas, utilizar repelentes na pele quando estiver em matas de áreas onde há a doença, usar mosquiteiros para dormir e usar telas protetoras em janelas e portas”, orientou o gestor da saúde estadual, conclamando os profissionais de saúde a participarem do evento.