Os servidores públicos civis e militares de Alagoas recusaram a proposta do governo do estado de reposição salarial de 5,79%, dividido em duas parcelas (a primeira de 3% para outubro deste ano e 2,79% para janeiro de 2024), e aprovaram a contraproposta de 5,79% para julho deste ano com retroativo a maio. A decisão foi tomada em assembleia conjunta esta semana e encaminhada ao governo. A expectativa das categorias é de que o governador Paulo Dantas se pronuncie sobre a proposta até a próxima segunda-feira, 3 de julho.
As categorias divulgaram uma nota conjunta com críticas rigorosas contra o governador, após a assembleia, e voltaram a enfatizar que o Estado tem condições de cumprir o que já foi colocado na mesa de negociação. A nota enfatiza a crescente alta na arrecadação de impostos estaduais e os empréstimos efetuados. Também aponta que o governo teria repassado o IPCA total para outras categorias.
“As categorias possuem um histórico de constante perdas salariais acumuladas por décadas de desvalorização e descaso. Por isto, a resposta dos trabalhadores que formam o Movimento Unificado é que o IPCA referente ao ano de 2023 deve ser aplicado em sua totalidade, ainda em 2023 para minimizar os danos acumulados”, destaca o texto. As categorias acusam o governo de mostrar “falta de boa vontade” em aprovar as propostas já apresentadas pelo Movimento Unificado.
As lideranças também decidiram que vão iniciar um cronograma de sensibilização de seus associados e de conscientização dos secretários de Educação, Saúde e Segurança Pública, além dos gestores das Corporações Militares, para que “atuem de forma efetiva na defesa dos direitos e prerrogativas dos Servidores Públicos Civis e Militares Estaduais”. A nota, porém, não esclarece como seria essa atuação. Os servidores públicos têm, apenas nos últimos 8 anos, uma perda salarial para a inflação de 19,51%.
Fonte – Extra