O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (19) um novo reajuste na taxa básica de juros do país. Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic subiu de 13,25% para 14,25% ao ano, alcançando o maior nível registrado desde 2016.
A última vez que a taxa atingiu esse patamar foi em 31 de agosto de 2016, quando também chegou a 14,25% ao ano. Naquele período, os juros permaneceram elevados por mais de um ano, refletindo os desafios econômicos do país. A partir de outubro de 2016, a taxa começou a cair gradualmente.
O aumento da Selic tem impacto direto no crédito e na economia, tornando empréstimos e financiamentos mais caros, o que pode desestimular o consumo e frear a inflação. No entanto, também favorece investidores que aplicam em renda fixa, que passam a ter maior rentabilidade em seus investimentos.
A decisão do Copom segue a política de combate à inflação e ocorre em um cenário de desafios econômicos, com incertezas tanto no mercado interno quanto externo. O Banco Central justificou a medida alegando a necessidade de manter a inflação sob controle, mesmo diante dos impactos negativos que a alta dos juros pode trazer ao crescimento econômico.
Especialistas divergem sobre os efeitos da decisão. Enquanto alguns defendem que a medida é necessária para conter a alta dos preços, outros alertam para os riscos de desaceleração da economia e dificuldades no acesso ao crédito por parte das empresas e consumidores.
Agora, o mercado financeiro e empresários acompanham atentamente os próximos passos do Banco Central, avaliando se a Selic permanecerá nesse nível elevado por um longo período ou se há perspectiva de redução nos próximos meses.