Em entrevista para um podcast local, o ex-prefeito de Maceió e atual secretário de Estado de Infraestrutura de Alagoas, Rui Palmeira, questionou o acordo firmado entre o município e a Braskem e acusou o prefeito JHC (PL) de ter vendido os bairros afetados pelo afundamento do solo por indenização bilionária. “Ele recebeu o pix e já está gastando sabe lá Deus como”.
Segundo Palmeira, a Prefeitura de Maceió assinou um acordo que isenta a Braskem das obrigações e passa a assumir todas as responsabilidades. Além disso, terá de repassar toda a área afetada para a empresa. “Pelo que está posto no acordo, tudo que aconteceu a partir da data de assinatura para frente e o que vier a acontecer, a responsabilidade será da prefeitura”.
Conforme o secretário, a prefeitura era contra a realocação dos moradores dos Flexais para não assumir o compromisso de indenização, firmado no acordo. Além disso, diz que muitos detalhes precisam ser esclarecidos, por isso é defensor da implantação da CPI da Braskem.
“O sogro do prefeito está feliz da vida, ele é de Mato Grosso e tem uma empresa que está aqui fazendo um contrato para a Braskem, executado e utilizando esse dinheiro das vítimas sem licitação, uma tal de MTSUL, responsável em fazer o alargamento da avenida Durval de Góes Monteiro”, denuncia Rui Palmeira.
Para ele, a grande culpada pelo afundamento de solo é Agência Nacional de Mineração, que não fiscalizou a atuação da Braskem no solo da capital alagoana. “Esse órgão (ANM) não existe, haja visto o que aconteceu em Brumadinho/MG e em Mariana/MG. Não é função da prefeitura fiscalizar a mineração”.
Fonte – Jornal de Alagoas