O senador Rodrigo Cunha (Podemos), membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, disse nesta quarta-feira (10) que o depoimento do vice-presidente da mineradora, Marcelo Arantes, marcou um dia “emblemático” na luta dos moradores das áreas afetadas pela atividade de mineração da empresa.
Nesta quarta na CPI, pela primeira vez publicamente, a mineradora por meio de afirmação de seu executivo admitiu que “é responsável” pelo desastre ambiental e social gerado em Maceió após o afundamento do solo de cinco bairros.
“É um dia emblemático porque a Braskem nunca admitiu sua culpa e usou de todos os artifícios para se isentar de suas responsabilidades. É mais um passo que a CPI dá para garantir reparação justa às milhares de famílias vítimas e a Maceió. Além disso, a fala pública de Marcelo Arantes atesta que a Braskem é ciente de sua atuação criminosa contra o meio ambiente, e totalmente irresponsável e dolosa contra a população da capital alagoana. Seguiremos lutando por justiça”, disse o senador.
Responsável pela área de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da petroquímica, Marcelo Arantes Arantes trabalha na empresa há 14 anos e que começou a atuar no processo relacionado a Maceió a partir de maio de 2019, quando a companhia interrompeu as atividades de extração na capital alagoana. Os primeiros tremores no solo próximo às minas de exploração foram registrados em março de 2018.
Rodrigo Cunha aguarda aprovação de requerimento de sua autoria, convidando o delegado da Polícia Federal Marcelo Pessoa de Aquino França Filho, responsável pela operação “Lágrimas de Sal”. A operação, deflagrada em dezembro de 2023, buscou apreender documentos da empresa e teve como alvo o diretor industrial da Braskem: Álvaro Cesar Oliveira de Almeida; os gerentes de produção: Marco Aurélio Cabral Campelo, Paulo Márcio Tibana e Galileu Moraes além dos responsáveis técnicos: Paulo Roberto Cabral de Melo e Alex Cardoso da Silva.
*Assessoria