É uma questão que pode – e deve – além da simples matemática eleitoral. O senador Rodrigo Cunha (União Brasil) pode ficar sem espaço para planos futuros no novo grupo político capitaneado pelo prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL) e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP).
O senador não aparece – literalmente – da foto que marca a nova aliança costurada a quatro mãos pelo prefeito e pelo deputado federal.
Ao lado de JHC e de Arthur Lira estão o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União) e Davi Davino Filho (PP), dois aliados de Arthur Lira que concorreram contra JHC nas eleições municipais de 2020. E, ao lado deles, aparecem o deputado federal Fábio Costa (PP) e Galba Netto (MDB).
A ausência de Rodrigo, que estava na China, não foi por acaso. Houve até quem tentasse mudar a data da posse dos novos secretários do município, realizada na sexta-feira passada (28/4), para esperar pela chegada do senador. A sugestão não foi aceita e JHC e Arthur Lira decidiram realizar o ato sem Cunha.
O senador, que disputou o governo contra Paulo Dantas em 2022, perdeu visivelmente protagonismo na oposição ao Palácio dos Palmares e terá que buscar espaço próprio.
A definição dos candidatos majoritários para as eleições estaduais de 2026 será, dentro do grupo, de JHC e de Lira. E, no cenário atual, segundo vários interlocutores, Rodrigo não teria espaço, nem apoio, para disputar a reeleição para o Senado no grupo.
A vaga de senador deve ser disputada por JHC ou por Arthur Lira. E nessa perspectiva o vice de João Henrique Caldas, nas eleições de 2024, seria escolhido também pelos dois. Nesse caso, o nome indicado para disputar a reeleição com JHC seria do PP. Restaria a Cunha se reposicionar politicamente dentro do grupo, buscando construir outra alternativa para 2026. A conferir.
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