O senador Rodrigo Cunha (Podemos) disse nesta quinta-feira (14) que uma das prioridades e um dos focos da CPI da Braskem é “fazer justiça e garantir reparação justa ao povo e a Maceió”. Ainda de acordo com o senador, “a cada passo que damos na Comissão fica claro que a empresa não respeitou normas de segurança, não se preocupou com o meio ambiente, e muito menos com a população que morava nos bairros diretamente afetados pela atividade de mineração”.
Ainda de acordo com Cunha, “também vai ficando a cada dia mais evidente a completa omissão e mais vergonhosa permissividade de agentes públicos que não fiscalizaram a Braskem e, desta formam, agiram quase como ‘cúmplices’ neste crime ambiental imperdoável”. Único senador alagoano titular integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito, Rodrigo foi um dos defensores da instalação da CPI em Brasília, tendo como meta o rigor das apurações a serem realizadas pelos senadores.
Na quarta-feira (13), mediante requerimento proposto por Cunha, a CPI aprovou a convocação de representantes dos moradores de bairros afetados em Maceió, como Geraldo Vasconcelos, coordenador do Movimento SOS Pinheiro, e José Fernando Lima Silva, presidente da Associação dos Moradores do Bom Parto. A Comissão também colheu o depoimento do presidente do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, Gustavo Ressurreição Lopes.
Foi aprovada, ainda, a realização de uma acareação entre o ex-diretor do Serviço Geológico do Brasil, Thales Sampaio, e o presidente da Braskem, Roberto Bischoff. O encontro será realizado depois da oitiva de Bischoff, que ainda não foi marcada. Em depoimento no dia 6 de março, Thales Sampaio responsabilizou a Braskem por não realizar os monitoramentos necessários nas minas de extração de sal-gema para garantir a segurança do solo de Maceió.
Fonte – Cada Minuto