O ministro dos Transportes, Renan Filho, revelou que o MDB está negociando para assumir um papel central na condução da agenda econômica do governo no Congresso Nacional durante o segundo biênio da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi dada durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, onde o ministro reafirmou o apoio do partido e de sua Pasta à agenda fiscal do governo petista.
Renan Filho destacou que o pacote de corte de gastos, elaborado pela equipe econômica, deve ser uma prioridade nas próximas semanas. “O presidente Lula ainda tem essa semana para resolver a agenda fiscal. Em meu nome, quero dizer que o Ministério dos Transportes apoia integralmente a agenda econômica do Brasil”, afirmou.
Papel do MDB na condução da agenda fiscal
O ministro explicou que conversou com Baleia Rossi, presidente do MDB, e com os líderes do partido na Câmara e no Senado sobre a possibilidade de a legenda liderar a agenda econômica no Congresso. “Talvez caiba ao MDB, em uma das duas Casas, cuidar da agenda econômica do País para o segundo biênio do governo”, disse Renan Filho, acrescentando que esse entendimento está sendo costurado e será discutido com o presidente Lula.
Renan reforçou que o partido está alinhado com os objetivos do governo federal. “O partido apoia integralmente a decisão que o presidente tomar para garantir um dólar a uma cotação melhor, juros mais baixos e para que essa agenda atraia mais investimentos para o País”, comentou.
Expectativa pelo pacote de corte de gastos
O anúncio do aguardado pacote de corte de gastos, no entanto, segue sem data definida. Apesar das expectativas de que fosse apresentado logo após o evento do G20 no Rio de Janeiro, a decisão pode ser adiada para a próxima semana, dependendo do ritmo de discussões do presidente Lula e de reuniões com sua equipe.
A demora no anúncio reflete a complexidade de definir as áreas de redução de despesas, em um momento em que o governo busca equilibrar as contas públicas e estimular a economia. A iniciativa é vista como fundamental para atrair investimentos, reduzir juros e estabilizar a moeda, metas destacadas por Renan Filho em sua declaração de apoio à agenda fiscal do governo.