O governador Renan Filho (MDB) e o prefeito de Maceió, JHC (PSB), apostam em programas sociais para minimizar os impactos da inflação e do desemprego entre os alagoanos na pandemia. O final do ano se aproxima. Com ele, vem o 13º salário e o esperado reajuste, ainda maior, dos preços, principalmente dos alimentos. E é olhando este cenário que Renan e JHC disputam os interesses dos eleitores também aquecendo o mercado local, buscando pontos fora da curva na crise financeira e política que abala o país, principalmente o público de maior vulnerabilidade social.
Pelos dados do IBGE, meio milhão de alagoanos estão na pobreza extrema. Ou seja: 1 entre 4 pessoas no estado. JHC anunciou esta semana que o município vai arcar com os custos de carteiras de motorista para os inscritos no CadÚnico. A medida beneficia donos de motocicletas, motonetas e ciclomotores, geralmente o principal meio próprio de circulação, a lazer ou trabalho, da população mais pobre.
Dados da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) mostram que, de janeiro a agosto, 225 motociclistas se envolveram em acidentes de trânsito. A maior parte destes motoristas não tinha habilitação. “Esse é mais um projeto inovador que visa a geração de emprego e renda para os maceioenses, sobretudo os que mais precisam do Poder Público. Com a CNH Social, as pessoas vão poder trabalhar, garantir uma renda e o sustento da família”, disse o prefeito.
Nos ônibus, além de colocar em prática o Passe Livre, uma de suas principais promessas de campanha, lançou sistema digital de bilhetagem eletrônica “que aceita pagamento com cartões de crédito e débito e carteiras digitais por aproximação com celulares e smartwatches, além do QR Code, por meio do saldo da carteira do aplicativo.
Também isentou o pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços) para as empresas de ônibus, um dos acordos firmados com o Ministério Público Estadual para a implantação do Passe Livre, segurando as variações dos combustíveis. O ISS para os ônibus garantia receita, aos cofres do município, de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões por ano, dinheiro que deve retornar, em outros impostos, com o aumento da quantidade de passageiros no sistema de transporte. A CNH social chegou a ser discutida no Governo Renan Filho.
Em compensação, o governador anunciou reajuste de até 40% aos profissionais da educação em Alagoas. Eles formam a maior parte do contingente do funcionalismo público. Os professores também são atingidos pela medida, além de poderem ingressar nos programas Vem que Dá Tempo e Professor Mentor.
O Vem que Dá Tempo serve para acelerar a educação de jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social, para que eles ingressem no Ensino Médio Modular da Educação Para Jovens e Adultos (EJA). O Professor Mentor pagará R$ 1.500 aos professores e alunos (totalizando R$ 120 milhões), distribuídos em 11 mil bolsas, estabelecendo eixos de recomposição de aprendizagem e trabalho.
Renan Filho pôs em prática o Cria, “o maior programa de transferência de renda de Alagoas, que tem como finalidade apoiar o desenvolvimento da primeira infância das famílias que vivem na pobreza”, segundo o governo. Paga R$ 100 a 180 mil famílias. Além do Vida Nova nas Grotas, que busca atingir 100 grotas na capital até o final do próximo ano, chegando a 250 mil pessoas.
Fonte – Extra