Após a divulgação do relatório da Polícia Federal em que mostra que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ilegalmente ministros do STF, políticos e jornalistas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Renan Calheiros criticou no último sábado (13) a agência.
O parlamentar afirma que o Brasil nunca contou com uma agência de inteligência, mas com “uma bisbilhotice política”.
“Precisamos de um serviço em prol do Estado, que dê informações críveis, com visão geopolítica e profissional. Temos que fechar essa Abin tabajara e refundar uma agência digna desse nome”, afirmou o senador.
Depois que o relatório da PF foi revelado na quinta-feira (11), o senador informou que levaria o caso à Justiça brasileira e a Cortes internacionais. Segundo ele, a investigação da CPI da Covid pode ter sido “embaraçada” pelo grupo suspeito de espionagem política.
Calheiros também sugeriu que os novos fatos poderiam ser usados para a Procuradoria-Geral da República reabrir investigações arquivadas por Augusto Aras, PGR durante o governo Jair Bolsonaro (PL). O senador comparou a “Abin paralela” à Gestapo, criticando o uso de estruturas do Estado como polícias políticas.