Nesta sexta (12), o senador Renan Calheiros anunciou que tem intenção de atuar como assistente de acusação em processos sobre a “Abin paralela”, após as investigações sobre a aparelhagem da Agência Brasileira de Inteligência pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Renan, que foi monitorado ilegalmente pela Abin durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou que pretende acionar cortes internacionais para buscar justiça. Ele também afirmou que o escândalo da “Grampolândia” na CPI da Covid pode ter comprometido a investigação e que novos fatos podem fazer com que a Procuradoria-Geral da República reabra partes do relatório arquivado.
“Vou entrar na Justiça, até em cortes internacionais, como assistente da acusação no escândalo Abin. A grampolândia na cúpula da CPI mostra que a investigação pode ter sido embaraçada na ação marginal de órgãos de Estado. Fatos novos para PGR reabrir partes engavetadas por Aras”, disse o parlamentar.
Relatório da Polícia Federal indicou que a suposta organização monitorou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além de outros políticos, magistrados e jornalistas. Entre os alvos estavam Rodrigo Maia, Kim Kataguiri, Joice Hasselmann, Alessandro Vieira, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues.
Na quinta-feira (11), o ministro do STF Alexandre de Moraes levantou o sigilo da investigação na quarta fase da Operação Última Milha. A Polícia Federal revelou que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, que também criou perfis falsos e divulgou informações falsas.