
A queda na popularidade de Rosângela da Silva, a primeira-dama Janja, tem gerado preocupação entre lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) e acendido um sinal de alerta no governo Lula. De acordo com pesquisa Genial/Quaest, divulgada pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.
Paulo, a aprovação de Janja despencou de 41% em fevereiro para 22% em dezembro deste ano.
O levantamento aponta ainda que 28% dos brasileiros avaliam a primeira-dama negativamente, enquanto 30% a consideram regular.
Embora integrantes do PT minimizem os impactos imediatos dessa queda, afirmando que o desgaste está restrito à figura de Janja, há uma preocupação crescente de que sua rejeição seja usada como ferramenta pela oposição para enfraquecer o governo.
Segundo fontes do partido, a primeira-dama pode se tornar um “alvo fácil”, potencializando ataques políticos direcionados ao presidente Lula.
A situação tem levado o partido a estudar estratégias para conter os danos e evitar que a queda de popularidade de Janja afete a imagem do governo como um todo.
Do outro lado, a oposição já enxerga na questão uma oportunidade para intensificar a pressão política. A rejeição crescente da primeira-dama, segundo analistas, pode ser explorada em discursos que busquem fragilizar o governo Lula, ampliando o desgaste político em meio a desafios administrativos e econômicos.
Desde o início do mandato de Lula, Janja tem desempenhado um papel ativo em diversas áreas, incluindo ações de engajamento social e a defesa de pautas progressistas. Entretanto, essa exposição também a colocou no centro de críticas e polêmicas, o que pode ter contribuído para a deterioração de sua imagem pública.
Com a proximidade de um ano de governo, a relação entre a popularidade da primeira-dama e a do presidente torna-se um ponto de atenção estratégica para o Palácio do Planalto. A gestão Lula agora enfrenta o desafio de manter o foco na agenda governamental enquanto tenta proteger a figura de Janja dos ataques políticos que já começam a surgir.