E O embate entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), atingiu um novo patamar na sexta-feira (12), quando o PT acusou Lira de minar a harmonia entre os poderes ao criticar o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Lira, em declarações anteriores, rotulou Padilha como incompetente e seu desafeto pessoal, o que gerou uma resposta veemente do PT, que expressou sua solidariedade ao ministro.
O comunicado emitido pelo PT ressaltou a importância das relações republicanas saudáveis para superar a atual beligerância política e social no país, enquanto criticava as atitudes de Lira, que, segundo o partido, comprometem a liturgia do cargo de presidente da Câmara. O PT também enfatizou a necessidade de colocar os interesses do Brasil em primeiro lugar.
Lira, por sua vez, durante um evento em Londrina (PR), negou ter articulado a favor da soltura do deputado Chiquinho Brazão e acusou Padilha de disseminar mentiras na imprensa. Padilha, ao responder às acusações, optou por não descer ao mesmo nível, citando o presidente Lula e reforçando sua postura de civilidade na política.
A disputa evidencia as tensões entre as diferentes esferas de poder no Brasil, enquanto tanto o PT quanto Lira buscam defender suas posições e reputações. O desafio agora reside em encontrar formas de promover o diálogo e a cooperação em meio a um cenário político cada vez mais polarizado e conturbado.