Mesmo com a ligação histórica entre Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lideranças da sigla acreditam que o partido estará ao lado do presidente Lula (PT) nas eleições presidenciais de 2026.
Essa possibilidade é sustentada por dois fatores principais. Primeiro, o PSD desempenha um papel estratégico para Lula em estados-chave como Rio de Janeiro e Minas Gerais. No Rio, Lula conta com o apoio do prefeito Eduardo Paes, que pode ser candidato ao governo estadual. Já em Minas Gerais, o presidente tem como aliado o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, peça importante para fortalecer sua base no estado.
Segundo, há uma avaliação interna no PSD de que Tarcísio de Freitas não deverá concorrer à Presidência em 2026, optando por disputar a reeleição ao governo de São Paulo. Nesse contexto, o partido poderia manter o apoio a Tarcísio no plano estadual enquanto se alinha com Lula em âmbito nacional.
Como parte dessa negociação, o PSD busca ampliar seu espaço no governo federal, uma demanda que já foi apresentada ao presidente Lula em conversas realizadas no final de 2024. A expectativa é que essa estratégia permita ao partido consolidar sua relevância tanto em São Paulo quanto na esfera nacional, reforçando sua influência política.
A possível aliança entre PSD e Lula reforça o cenário de articulações antecipadas para as eleições de 2026, em que partidos já começam a desenhar seus posicionamentos visando maximizar sua força eleitoral.