Na última quarta (26), o professor de Políticas Educacionais, Gestão e Avaliação Educacional na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Tiago Zurck, foi até a sede da Polícia Federal acompanhado da reitora honorária da instituição, Valéria Correia, para denunciar ter sofrido injúria racial em um grupo de WhatsApp.
O episódio ocorreu em um grupo de estudantes da área de saúde da UFAL. Durante o diálogo, os estudantes, que são a favor do fim da greve da Universidade Federal, passaram a atacar o professor, o chamando de “vagabundo”.
“Na tentativa de diálogo, sofri assédio por parte de alguns alunos e o crime de racismo por parte de outros”, diz ele.
“Tentaram me intimidar, mas foram além: me chamaram de vagabundo. Mas não só isso: ao se referirem a foto que está no meu perfil institucional, disseram que eu ‘tinha a maior cara de vagabundo’ e que se um dia fosse exonerado ‘seria um vagabundo porque não saberia fazer outa coisa’”, expõe o professor.
O docente agradeceu ao apoio recebido por parte de outros estudantes, professores, Centros Acadêmicos e Coletivos da UFAL.
“Agradeço a solidariedade, mensagens dos e das estudantes, professores, amigos e conhecidos. Agradeço as professoras Mariana e Jordania, pelo apoio institucional, diretoras do CEDU. Agradeço as notas dos Centros Acadêmicos e Coletivos da Ufal. Importante a nota da Seção Sindical do Andes a qual sou filiado e que repudia os ataques sofridos, embora a nota seja omissa aos ataques dirigidos a mim”, completou.