A crise política em Rio Largo ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (1), quando a Justiça determinou a nulidade do ato da Mesa Diretora da Câmara Municipal que considerava a renúncia do prefeito Carlos Gonçalves e do vice Peterson Henrique. O juiz Guilherme Bubolz Bohm concedeu liminar reconduzindo os gestores aos seus respectivos cargos.
A polêmica teve início após o presidente da Câmara, Rogério Silva (PP), divulgar nas redes sociais uma suposta carta de renúncia do prefeito e do vice. Carlos Gonçalves negou a autenticidade do documento e denunciou o ato como uma tentativa de golpe. A decisão da Mesa Diretora de afastá-lo do cargo gerou grande repercussão e foi amplamente questionada.
Diante da situação, Rogério Silva afirmou que buscará medidas judiciais para se defender das acusações, alegando que tem sido alvo de ofensas injustas. Em nota, ele pediu que seus seguidores comparassem as assinaturas do prefeito na carta de renúncia com outros documentos oficiais, sugerindo que o documento seja válido. Além disso, não poupou críticas ao gestor municipal, questionando sua ligação com a comunidade e sua formação política.
A crise escalou quando Rogério Silva tentou invadir o gabinete do prefeito na sede da prefeitura, sendo impedido. Para evitar novas tentativas de afastamento, Carlos Gonçalves permaneceu no gabinete até a manhã desta terça-feira, cercado por aliados e assessores jurídicos. A Polícia Militar também foi acionada e reforçou a segurança no local.
Com a decisão judicial favorável ao prefeito, a situação política no município segue tensa, e novos desdobramentos ainda são esperados nos próximos dias.