O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Hugo Wanderley, avaliou o resultado das eleições municipais de 6 de outubro em Alagoas. Para ele, a mudança foi menor do que o esperado, em função da boa avaliação dos atuais prefeitos – consequência de uma fase em que tiveram mais recursos, em função do aumento dos repasses do FPM, do aumento de recursos pós-pandemia e, principalmente, das emendas de custeio na área de saúde.
Outro ponto que pesou a favor para a boa avaliação na maioria das prefeituras, segundo o presidente da AMA, foi o pagamento dos recursos da privatização (concessão) dos serviços de saneamento. “Os prefeitos estavam muito bem avaliados. Com recursos em caixa, as prefeituras tiveram condições de fazer obras ou serviços diretamente. Além disso, a maioria das prefeituras contou com a ajuda do governo do Estado, que levou várias obras e serviços”, pondera.
Após o resultado das eleições deste ano, a taxa de renovação nas prefeituras de Alagoas ficou abaixo dos 4%. Dos 102 prefeitos eleitos, apenas 4 (o equivalente a 3,9%) são de oposição (Estrela de Alagoas, Quebrangulo, Joaquim Gomes e Maribondo). Um quinto prefeito foi eleito, em Roteiro, sem apoio do atual gestor, que não apontou nomes para sua sucessão.
“A mudança foi muito pequena (em Alagoas). Foram só quatro municípios em que a oposição venceu. Ninguém perdeu eleição. E mesmo assim, alguns prefeitos perderam porque escolheram mal os candidatos que apoiaram”, aponta. Esse não foi o caso, pondera Hugo, em Estrela de Alagoas. Lá, a vitória de Roberto Wanderley teria sido fruto de um enfrentamento baseado no sentimento de mudança.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior