A Prefeitura de Maragogi anunciou nesta sexta-feira (13) a instauração de uma sindicância para apurar as circunstâncias do naufrágio de um catamarã que vitimou fatalmente um turista de 77 anos e deixou outras pessoas feridas. O acidente ocorreu na Praia de Barra Grande, no Litoral Norte de Alagoas, e mobilizou equipes de resgate e órgãos locais.
Em nota oficial, o prefeito Fernando Sérgio Lira expressou solidariedade à família da vítima: “Nossa solidariedade e condolências estão com a família e os amigos da vítima, aos quais estamos prestando total assistência neste momento de dor.” Segundo o gestor, a administração municipal está comprometida em colaborar com os órgãos estaduais para garantir que os responsáveis pelo acidente sejam identificados e responsabilizados.
A Prefeitura destacou que o programa “Maragogi Vai de Boa”, lançado em maio deste ano, já visava aumentar a segurança nas atividades turísticas náuticas. Entre as ações previstas estão o recadastramento digital gratuito de embarcações e operadores, a limitação de alvarás para passeios e o combate à prestação de serviços irregulares. No entanto, a implementação foi adiada para após a alta temporada de verão, atendendo a pedidos do setor turístico.
O prefeito reiterou que a tragédia reforça a necessidade de regulamentação rigorosa do tráfego aquaviário e destacou a importância da transparência na gestão municipal para prevenir novos incidentes.
O acidente ocorreu durante a manhã, quando o catamarã começou a encher de água. De acordo com relatos, uma criança de cinco anos percebeu o problema e alertou a tripulação. “Papai, tá enchendo o barco”, disse o menino, segundo o pai, que também era passageiro. Apesar da tentativa do capitão de acionar as bombas de esgotamento, a embarcação afundou rapidamente.
Entre os passageiros, uma mulher grávida foi resgatada e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santo Antônio, enquanto a esposa do idoso que faleceu conseguiu se salvar. O turista paulista chegou à UPA de Maragogi sem vida, conforme informou o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL).
Testemunhas relataram a falta de coletes salva-vidas a bordo, o que, segundo um dos turistas, poderia ter agravado a situação. “Se não aconteceu uma tragédia maior, foi sorte”, afirmou.
A investigação em curso deverá esclarecer as causas do naufrágio e apontar medidas para evitar novos episódios.