A O prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas Júnior, o kil (MDB), entrega esta semana ao Ministério Público Federal e à Justiça Federal um relatório onde esclarece detalhadamente a compra e o desuso dos kits de robótica adquiridos há um ano pela prefeitura junto à empresa Megalic. Os contratos de compra dos equipamentos por diversos Municípios de Alagoas estão em investigação pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Controladoria-Geral da União que apontam desvio de verbas públicas e favorecimento a aliados do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP).
Kil usou o Instagram nesta terça-feira, 20, para esclarecer que em União dos Palmares os recursos provenientes do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação – do Ministério da Educação – que seriam utilizados para pagar a empresa vencedora [da licitação], no valor de R$ 7,48 milhões, estão em depósito judicial conforme determinação do juiz federal. Ele afirmou que os 460 kits de robótica não foram utilizados pelos estudantes porque a empresa, que não recebeu o pagamento, deveria fazer a capacitação para uso dos produtos.
Enfatizando que está tranquilo em relação a este assunto, Kil disse que aguarda o desenrolar dos fatos para iniciar as aulas de robótica na rede municipal. Os equipamentos, segundo matéria da Folha de S.Paulo, seriam destinados aos alunos da escola rural Maria Mariá de Castro Sarmento, que fica no povoado de Santa Fé.
“Nós estamos demorando para iniciar as aulas de robótica porque a capacitação [dos professores] é feita pela empresa vencedora e ela não recebeu recursos ainda [da prefeitura de União dos Palmares], apesar de ter fornecido capacitadores para iniciar as aulas”.
“Estou organizando, fazendo relatório para ir à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal esta semana entregar essa documentação para mostrar que o município está de boa fé, não pagou a empresa [investigada], e quer colocar os equipamentos para os estudantes, fazendo que a educação melhore ainda mais. Nós estamos tranquilos e à disposição de qualquer órgãos fiscalizador”, disse.
Fonte – Extra