Quanto mais se aproxima a reta final do período pré-eleitoral, mais os partidos políticos vão confirmando os nomes de seus précandidatos na disputa pela Prefeitura de Maceió. Como já apresentado pelo Jornal das Alagoas, no cenário atual são 12 possíveis postulantes à Prefeitura de Maceió em um espectro político que vai da direita à esquerda, passando pelo centro. A novidade no pleito tem sido a disputa pelo apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em função do crescimento de sua aprovação no Nordeste e na capital alagoana.
Pelo menos três candidatos postos tentam se aproximar, em algum grau, do eleitorado de direita: o ex-chefe do Ministério Público Estadual, Alfredo Gaspar de Mendonça (MDB), em função do discurso e do trabalho na área da segurança pública; o deputado estadual Davi Davino (PP), por conta da aproximação entre o deputado federal Arthur Lira (PP) e o presidente Bolsonaro e Josan Leite (Patriotas), que esteve ligado aos movimentos de rua no período das campanhas pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Mesmo em um partido socialista, o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB), também tenta construir uma imagem de interlocução com o governo federal por conta da aproximação com o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Em Maceió, JHC já conseguiu o apoio do deputado estadual direitista Cabo Bebeto (PTC). Bebeto é um dos nomes que batalha pela aprovação do novo partido do presidente: o Aliança Brasil.
MOVIMENTAÇÕES
Na sexta-feira passada, quem deu mais um passo no tabuleiro do xadrez político e confirmou candidatura foi Josan Leite, em convenção do Patriotas. Ele fez o lançamento oficial de sua candidatura e fez questão de marcar – durante o evento – o apoio a Bolsonaro. O pré-candidato trouxe para o discurso a defesa do conservadorismo, o respeito à família e o combate ao que considera a velha política. “Os que estão tentando voltar não mudam nada. Já vão chegar comprometidos com grupos e políticos do passado. Não queremos chegar ao poder com compromissos políticos e sim, com o povo, os que votam”, disse.
“Eu fui convidado e fui apresentado ao Patriota. Fiquei pensando se era algum partido que queria legenda, mas estudei sobre o partido e vi as pessoas que estavam à frente. E aí percebi que esse era o melhor que eu poderia estar”, complementou Josan Leite.
ALFREDO GASPAR
Quem também se movimentou no xadrez político tentando espantar uma crise interna em sua chapa, foi o pré-candidato Alfredo Gaspar. A indicação do presidente estadual do Podemos, Tácio Melo, para a composição da chapa gerou burburinhos de bastidores dando conta de uma insatisfação do MDB. É que, em passado recente, Melo era um dos ferrenhos críticos do senador Renan Calheiros (MDB). Gaspar deu declarações procurando afastar a discussão e frisando que não há “mal estar” na pré-campanha por conta da indicação do vice.
“Ter Tácio como parceiro na eleição municipal muito me honra. Ele tem uma carreira exitosa e foi isso que o credenciou para presidir o Podemos em Alagoas e a compor a nossa pré-candidatura”, afirmou. Segundo ele, a hapa é resultado de uma convergência. “A chegada de Tácio vem consolidar a aproximação de propósitos, pautada sempre no que for melhor para os maceioenses”, concluiur.
Já JHC busca fugir dos rótulos direita e esquerda e tem sse vender como uma posição mais centrada e de boa interlocução com o governo federal. O próprio Cabo Bebeto – ao ser criticado pelo apoio a alguém do PSB – frisou que JHC conta com o apoio de Eduardo Bolsonaro e que quem coloca o parlamentar na esquerda se equivoca, apesar do partido. Ele defendeu JHC como um deputado federal de bom diálogo e que, na maioria das pautas, tem votado com o presidente.
Fonte – Jornal das Alagoas