A Polícia Civil de Alagoas deu mais um passo nas investigações sobre o naufrágio ocorrido no mês passado em Ponta Verde, Maceió, que deixou uma mulher gravemente ferida e mobilizou o resgate de outras 11 pessoas. O piloto da embarcação, que estava foragido desde o dia do acidente, prestou depoimento nesta terça-feira (21).
O caso aconteceu durante o “Passeio Banho de Lua”, atração turística nas piscinas naturais da região. Segundo apuração inicial, o jangadeiro não possuía habilitação para conduzir a embarcação e teria sido alertado para não realizar o passeio por estar supostamente alcoolizado. A embarcação levava membros da mesma família, incluindo o dono.
VERSÕES CONTRADITÓRIAS
Em depoimento à delegada Lucy Mônica, o piloto negou ter consumido bebida alcoólica antes do passeio, embora testemunhas relatem o contrário. Ele também afirmou que tentou ajudar as vítimas, mas fugiu do local por medo. “Ele negou que havia consumido bebidas alcoólicas. Sobre a fuga, disse que ficou assustado com o acidente e decidiu ir embora”, explicou a delegada em entrevista à TV Pajuçara.
Uma testemunha, entretanto, reforçou a acusação de que o jangadeiro havia bebido antes de sair com os passageiros e que a imprudência foi determinante para o naufrágio.
GRAVIDADE DO ACIDENTE
Entre as vítimas, uma mulher de 25 anos foi a mais afetada. Ela sofreu um afundamento de crânio ao bater a cabeça durante o naufrágio e precisou ser resgatada após quase se afogar. A jovem será ouvida pela polícia nesta quarta-feira (22) para contribuir com as investigações.
“O impacto causou ferimentos graves, e ela precisou de socorro imediato. Vamos ouvi-la para esclarecer mais detalhes sobre o ocorrido”, acrescentou a delegada.
CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
O caso ainda depende do laudo do Corpo de Bombeiros para determinar as condições da embarcação e as causas técnicas do acidente. A polícia trabalha para encerrar o inquérito e definir as responsabilidades pelo episódio que colocou em risco a vida de todos os passageiros.
A tragédia trouxe à tona preocupações sobre a segurança no turismo náutico na região. A falta de fiscalização e o despreparo de condutores são apontados como fatores críticos que precisam ser enfrentados para evitar novos acidentes.