A Polícia Civil de Alagoas está investigando um conselheiro tutelar de Murici sob a suspeita de enviar mensagens de teor sexual e ameaçar um adolescente. A família do jovem denunciou o caso registrando um Boletim de Ocorrência.
Em entrevista à Gazeta, o adolescente relatou que o assédio começou na escola. “Ele me encarava e olhava para mim. Então, começava a conversar: ‘Oi, meu jovem’. Depois, vi uma solicitação de seguir de volta no meu celular, era ele. E ele começou a me assediar”, afirmou o jovem, cuja identidade foi preservada.
O adolescente revelou conversas no WhatsApp, atribuídas ao conselheiro, onde ele tentava marcar um encontro. Em um dos momentos, o conselheiro ofereceu dinheiro, dizendo: “Pago Bem […] 150?”. Em outro trecho, o suspeito perguntou: “Posso ver uma coisa?” e o jovem respondeu: “O quê?”, recebendo como resposta: “Você sabe”. Após a recusa do adolescente, o conselheiro tentou novamente, sugerindo “100?”.
Segundo o adolescente, o conselheiro passou a ameaçá-lo quando ele recusou o contato, justificando que o jovem era rebelde na escola. O acusado atua como conselheiro tutelar há mais de 20 anos, estando em seu sexto mandato. Ariudo Alves, presidente da Associação dos Conselhos Tutelares de Alagoas, afirmou que repudia a atitude e destacou que o conselheiro pode perder o mandato. A investigação está sendo conduzida pelo delegado Mário Jorge Marinho.