Pelo entendimento das lideranças políticas do Congresso Nacional, o deputado federal alagoano Arthur Lira (PP) sentou “antes da hora” na cadeira de presidente da Câmara.
Lira, comandante do Centrão que tinha 220 votos na Câmara, viu seu bloco político encolher a partir da saída de parlamentares, que seguiram as orientações do DEM, via Rodrigo Maia, atual presidente da casa.
Hoje com 126 parlamentares o Centrão já não tem para o governo Bolsonaro o mesmo peso de antes.
É que com o bloco original, o Planalto entendeu que negociando com Arthur Lira simplesmente não precisaria mais de Rodrigo Maia e outros atores que comandam o Congresso. Mas, não contavam com a mudança de rumo.
Agora, tudo isso faz parte da guerra pelo controle da Câmara. A luta é renhida.
Lira não está fora do páreo, mas já sente muito mais dificuldades, considerando que o racha do Centrão motivou muitos outros companheiros dele a se colocarem como pretensos candidatos a presidente da Câmara.
É como na pista de atletismo, numa corrida de 200 metros. Por enquanto, o que se pode dizer é que o deputado Arthur queimou a primeira largada.
Isso por que na relação com os parlamentares do bloco, entre outros, já era tratado como o novo presidente da Câmara.
Ou, como em um jogo de futebol: em consequência dos acontecimentos, Rodrigo Maia, que estava sendo tratado como rolete chupado acabou ganhando mais volume e retomou o controle parcial da partida.
Ainda há tempo para os favoritos; mas, não muito. E os favoritos ainda são Lira e o candidato que sairá do bloco de Maia.
Já o palácio do Planalto, que tem um general como articulador político, tentou acelerar o relógio para que o jogo terminasse antes da hora, mas agora tem que contar os minutos para ver o que acontece nesse campo fértil de jogadas rasteiras.
Talvez, o erro maior do Planalto tenha sido colocar um general para apitar esse jogo.
Fonte – É Assim