A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) recebeu um repasse adicional de R$ 183 milhões em 2024, divididos em cinco parcelas ao longo dos meses de julho a novembro. Este valor extra não inclui o pagamento do décimo terceiro salário dos parlamentares, gerando questionamentos sobre as prioridades financeiras do estado.
Ao mesmo tempo, o governo de Alagoas, liderado por Paulo Dantas (MDB), enfrenta pressões sobre possíveis cortes nas secretarias estaduais para garantir o pagamento do décimo terceiro salário aos servidores públicos. Segundo informações preliminares, os cortes podem variar de 20% a 50%, afetando áreas como saúde e educação.
A situação financeira do estado tem provocado manifestações de profissionais da saúde e da educação. Trabalhadores dessas áreas alegam desvalorização e criticam a alocação de recursos. “Se a saúde e a educação não estão recebendo o devido prestígio, é sinal de que algo está muito errado”, afirmam representantes sindicais em protestos recentes.
O governador Paulo Dantas, até o momento, não se pronunciou publicamente sobre os cortes ou sobre o impacto das decisões orçamentárias em serviços essenciais. Enquanto isso, a polêmica em torno do repasse adicional à ALE levanta dúvidas sobre a transparência e as prioridades na gestão dos recursos públicos.
O aumento no orçamento da Assembleia ocorre em meio a um cenário de crise percebida nas principais áreas sociais do estado, como saúde e educação. Especialistas apontam que a distribuição de recursos deveria focar na manutenção e melhoria de serviços básicos, sobretudo em tempos de insatisfação popular crescente.
A ausência de explicações detalhadas sobre os cortes e a destinação do montante repassado à ALE pode intensificar o desgaste político do governo e aumentar a pressão por maior clareza e responsabilidade fiscal.