A Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República, com apoio da Receita Federal, deflagraram, na manhã desta sexta-feira, 28, a Operação Tris In Idem, com o objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao desvio de recursos públicos, especialmente em contratos firmados para gestão de saúde e para o combate à pandemia da covid-19. A investigação chegou a terras alagoanas. Também foram identificados atos de lavagem de dinheiro por parte da organização.
A ação de hoje, que culminou na prisão do pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, e do afastamento de Wilson Witzel do cargo de governador do Rio de Janeiro, decorre da Operação Placebo, deflagrada no mês de maio deste ano a partir de elementos colhidos na Operação Favorito, deflagrada pela PF, no mesmo mês, voltada para apurar atos de corrupção na prestação de serviços de implantação de leitos em Hospitais de Campanha e no fornecimento de ventiladores pulmonares e medicamentos. Com o prosseguimento das investigações, novos elementos de prova foram obtidos, e fundamentaram a representação por novas medidas cautelares junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na operação, participam aproximadamente 380 policiais federais que dão cumprimento a seis mandados de prisão preventiva, dez mandados de prisão temporária, e 82 mandados de busca e apreensão, nos estados de Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Piauí, além do Distrito Federal. Também existem ações de cooperação policial internacional com medidas sendo cumpridas no Uruguai. Além disso, foram determinadas, pela Justiça, outras medidas diversas da prisão, tais como suspensão do exercício de função pública, proibição de contatos e de acesso a determinados locais.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, da Lei 12.850/2013; peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, previstos no Código Penal Brasileiro; e “lavagem de dinheiro”, da Lei 9.613/1998.
Fonte – Extra