
O líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), afirmou nesta quarta-feira (9/4) que o deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), atual líder da legenda na Câmara dos Deputados, é o indicado do partido para assumir o Ministério das Comunicações. A definição ocorre após a saída de Juscelino Filho da pasta, motivada por denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Segundo Efraim, a decisão sobre o nome de Pedro Lucas já foi tomada internamente pelo partido, embora o governo ainda não tenha oficializado a aceitação da indicação. A exoneração de Juscelino foi publicada na manhã desta quarta-feira no Diário Oficial da União (DOU), mas o documento não traz a nomeação de um substituto.
Juscelino Filho pediu demissão do cargo na terça-feira (8/4), após ser denunciado pela PGR por suposto envolvimento em desvios de emendas parlamentares, na época em que era deputado federal. O Ministério Público aponta que os recursos foram direcionados a obras na cidade de Vitorino Freire (MA), administrada por sua irmã, Luanna Rezende.
De acordo com o inquérito da Polícia Federal, Juscelino é investigado por suspeitas de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação.
Ainda na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o ministro e solicitou que ele deixasse o cargo para se concentrar em sua defesa. Em nota, Juscelino afirmou que sua saída é um “gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro”.
“Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que isso fique claro”, declarou.
A escolha de Pedro Lucas, caso seja confirmada pelo Palácio do Planalto, manterá o Ministério das Comunicações sob controle do União Brasil, partido que integra a base aliada do governo. O nome do deputado é considerado uma tentativa de preservar o espaço da legenda na Esplanada dos Ministérios, diante do desgaste provocado pela denúncia contra Juscelino.