O pedido de impeachment do presidente Lula, proposto pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), já conta com 129 assinaturas de deputados, sendo o mais apoiado na história até o momento. Inspirado nas comparações feitas por Lula entre a ofensiva israelense em Gaza e o Holocausto, o pedido será formalizado nesta quarta-feira, 21, marcando um ponto crucial na atual dinâmica política.
Essa significativa adesão parlamentar supera o recorde anterior, estabelecido durante o processo de impeachment contra Dilma Rousseff em 2016, que acumulou 124 assinaturas. Apesar disso, mesmo diante do vigoroso movimento da oposição, aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmam que as chances de dar seguimento ao pedido de impeachment do petista são praticamente inexistentes.
O cerne do pedido de impeachment se baseia nas declarações do presidente associando a guerra em Israel ao Holocausto, sendo considerado um suposto crime de responsabilidade conforme o Artigo 5º da Constituição Federal. Especificamente, os parlamentares alegam que Lula cometeu um “ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”, de acordo com a legislação vigente.
Essa controvérsia surgiu durante a agenda do presidente Lula na Etiópia, onde ele classificou a atuação de Israel na Faixa de Gaza como genocida, estabelecendo um paralelo com o Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial.