Na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta quinta-feira, 27, o deputado estadual Cabo Bebeto (PL) levantou sérias preocupações sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminaliza o uso da maconha. Em seu discurso, ele afirmou que a maconha é “porta de entrada para outras drogas” e afirmou que “só defende a liberação quem usa ou quem vende”.
Cabo Bebeto comentou que o peso de um cigarro comum é de aproximadamente 1 grama, então “imaginem o indivíduo andar com 40 cigarros de maconha alegando que é usuário”, argumentou, mencionando estudos que indicam um aumento de pelo menos 30% no número de viciados em regiões onde a droga foi liberada.
Cabo Bebeto também abordou a distinção entre cannabis medicinal e maconha. “Quando a esquerda entra nesse debate, sempre colocam a cannabis medicinal no meio e são coisas totalmente diferentes. Querem aproveitar a oportunidade de uma coisa boa para liberar uma coisa ruim”, afirmou. Ele citou uma live realizada em 2019 com um médico sobre os benefícios da cannabis medicinal, ressaltando sua importância para a qualidade de vida de muitas pessoas, mas criticou a utilização deste argumento para a liberação do uso da maconha.
Quanto às alegações de racismo nas prisões por uso de drogas, o deputado, que atuou por 16 anos como policial militar, argumentou que, durante uma abordagem, vários policiais militares e civis estão envolvidos no processo, desde a viatura até a delegacia, questionando se todos seriam racistas. Ele também mencionou o fechamento de clínicas de tratamento de dependentes de drogas após incidentes, como a morte de um paciente, e criticou a falta de ação do Estado.
Cabo Bebeto alertou que a liberação da maconha deixaria muitos dependentes nas ruas, sem tratamento adequado. “É isso que a esquerda quer para o Brasil”, concluiu.
*ascom