O retorno do funcionamento das academias, estabelecido no último decreto apresentado pelo Governo de Alagoas, reforça um alerta constante feito pelos médicos, nos últimos anos: que é preciso respeitar os limites do corpo na prática de qualquer atividade física, bem como ter a orientação adequada para tal. Uma pesquisa recente da Universidade de São Paulo (USP) vem reforçar ainda mais esta recomendação.
O estudo da Escola de Educação Física e Esporte da USP revela que exercícios em excesso, sem o tempo de recuperação adequada, provocam alterações negativas em estruturas vitais do organismo, como o coração.
Essa prática inadequada de atividade física, sem o tempo de recuperação adequado, pode induzir substâncias pró-inflamatórias no sangue, prejudicando não apenas o funcionamento do coração, mas também do fígado e do sistema nervoso central.
Testes realizados com camundongos mostraram que o coração de quem pratica atividades físicas de forma inadequada apresenta sinais de fibrose e sinais moleculares de hipertrofia patológica.
Segundo o cardiologista Cleber Costa, “estar em dia com suas consultas médicas e exames de rotina também são atitudes fundamentais para estar em dia com a saúde do corpo e do coração”.
Alimentação e o coração
“Durante toda a vida e, principalmente, no período em que vivemos, a rotina de alimentação saudável e equilibrada faz toda a diferença na vida das pessoas. Inserir frutas, verduras e legumes no plano alimentar é fundamental para a saúde do coração”, explicou Cleber.
O cardiologista enfatizou, ainda, que “não basta ingerir esses alimentos se o paciente não excluir ou diminuir da sua dieta frituras, doces, refrigerantes e alimentos industrializados com alto teor calórico e sal”.
(Ascom)