A política de coalizão tem uma regra clara para aliados e importantes. Com Lula na presidência os dois caciques políticos de Alagoas em Brasília são os brigões Arthur Lira (Progressista) e Renan Calheiros (MDB). O presidente da Câmara, pela patente, liderança e poder, é o importante; Renan, pela habilidade de atuar quando está dentro do sistema, é o aliado. Em tese não haveria motivo para disputas internas, do tipo avançar no domínio do outro, por exemplo. Ter um inimigo é uma das melhores maneiras de manter-se forte na política. No mínimo, ganha um novo “aliado” quem rejeita o outro.
A bola – dividida – da vez é o controle de três espaços dominados por Arthur Lira (Incra, Codevasf e Porto de Maceió). Com sua incontestável habilidade, Renan puxou para a jogada o deputado Paulão que, além de ser do PT, é seu aliado de primeira hora e fiador do seu mandato desde que chegou à Câmara Federal. Lula não vai querer ficar com saia justa. Mas… já pensou se Arthur e Renan estivessem juntos? Lula tornaria Alagoas um paraíso ou puniria os alagoanos (Alagoas) para contrapor o poder dos dois alagoanos (de Brasília). Tem jogo sendo jogado.
Como se já não bastassem os imbróglios que o governo Lula tem para resolver, coisas pequenas, típicas da velha e eficiente política do cansaço, dizem muito sobre a grandeza política de quem opta pelo embate em detrimento da birra.
Briga boa mesmo – e sadia – seria pelo quem faz mais, pelo quem transforma mais.
Quem é do ramo sabe: acabou a eleição do alto-falante, do cartaz e do palanque.
2024 será um ano disruptivo.
Fonte – Blog do Wadson Regis