É intenso o ataque, nos bastidores, à investigação do Ministério Público Estadual, comandada pelo promotor Frederico Alves (de Cajueiro) e que resultou na Operação Maligno.
E não é para menos.
O trabalho de 14 meses, buscando pistas e provas do que já emergia de forma escandalosa, detectou movimentações gravíssimas de agentes públicos, beneficiados – entre outras coisas – com a “contratação” de servidores fantasmas (além das clássicas propinas).
Na verdade, eis o busílis, seriam cabos eleitorais e apadrinhados dos aliados políticos do poder local, que teriam como missão a manutenção do poder.
Lembrando que a operação encontrou caixas com identificação dos municípios que mantinham contratos suspeitos com a tal Orcrim, na definição do MPE.
Não por acaso, há uma torcida organizada de lideranças políticas locais para que pelo menos um nome de chefe de Executivo Municipal (prefeito ou prefeita) apareça, já, para que elas tentem estancar as investigações ou ganhar tempo.
E por quê?
A avaliação é de que se o caso for para o PGJ e TJ o processo seja bem mais lento, tendo que partir do zero.
O promotor Frederico Alves já afirmou, por mais de uma vez, que até agora nenhum prefeito ou prefeito aparece como investigado.
Resta saber quem eles querem que vá para o sacrifício.
Texto – Ricardo Mota
Fonte – Cada Minuto