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O presidente da Câmara, Arthur Lira, deu uma declaração sobre o governo Lula que ninguém, com o mínimo de conhecimento sobre o funcionamento da política em Brasília, pode acreditar. Ou deve.
“Não há achaque, não há pedidos, não há novas ações, o que há é uma insatisfação generalizada dos deputados, e talvez dos senadores que ainda não se posicionaram, com a falta de articulação política do governo”, disse o deputado nesta quarta-feira, 31.
Achaques podem não haver, pois seria gravíssimo se eles acontecessem. Mas é óbvio que há pedidos. São muitos, aliás. E a maioria deles – não por coincidência -, do centrão, o grupo político que Lira representa.
Esse centrão está, sim, insatisfeito com a capenga articulação do governo Lula-3, como afirma Lira, mas há outros motivos. Entre eles, o fato de que os pedidos feitos ao governo demoraram demais para serem atendidos. Alguns, nem foram aceitos ainda.
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Em meio a esse quadro, uma outra questão importa a você, leitor: o pensamento ideológico dos deputados que assumiram cadeiras no Congresso após a mais acirrada disputa política que o Brasil viveu desde a sua redemocratização.
A verdade é que o Brasil precisa se conhecer. A ascensão de Jair Bolsonaro nos últimos anos não aconteceu por acaso. Ela só existiu porque veio respaldada pelo conservadorismo, o direitismo, o reacionarismo e o anticomunismo. Todas essas palavras que terminam com “ismo” e que formam o bolsona… (complete a frase).
São eles que constituem a maioria do parlamento brasileiro. É um centrão que poderia ser chamado, na verdade, de direitão. A eles, se somam extremistas de Bolsonaro, a ultra-direita.
Sem os pedidos atendidos, totalmente insatisfeitos, esses políticos farão o que consideram ser o ideal, no sentido amplo da palavra ideologia: frear a esquerda pensando em 2024 e 2026. O jogo – Lula tem razão – começou agora.
Fonte – VEJA
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