“Essa pesquisa é contratada por quem, pra eu saber como falar a resposta? Homi!!!”
Esse questionamento (real) é a base do texto de hoje. Ouvi do coordenador de um dos institutos de pesquisa de Alagoas. Daí, aprofundei o assunto com ele e outros colegas do ramo das pesquisas e amostras. Sim!!! São vendidas como pesquisa, mas a maioria é de amostras.
Um dos gargalos – para contratantes, políticos e eleitores – tem sido a multiplicação de institutos. Com isso, o eleitor – desconfiado e abusado – já aprendeu a responder como entende. Os relatos são claros (e preocupantes para contratantes e políticos), do risco que é bombardear as localidades com pesquisa. E por que bombardear? Porque o mesmo contratante paga duas, três e até quatro institutos numa mesma cidade. Esse tira-teima tem gerado estresse no eleitor e a desconfiança de quem contrata. Fica complicado saber se o erro está na qualidade do serviço prestado ou na resposta do eleitor saturado.
A questão é: como o eleitor aprendeu a mentir na pesquisa, será que vai mudar de ideia na urna?
Assim, segue um alerta para os candidatos: cuidado com o voto do povo, que está tão traiçoeiro quanto o voto para eleger Mesa nas câmaras de vereadores do AINDA colonizado (politicamente falando) Estado de Alagoas.
Aos compradores de votos (se é que existe – sic), lembrem-se que o produto pode ser vendido para mais pessoas. É como a tal “fidelidade partidária”, bastante utilizada pelos candidatos pela facilidade da vitória ou pelo preço da recompensa financeira por aceitar disputar “ajudando a chapa”.
Eleitor e cidadão (ã) não são os mesmos quando o assunto é votar.
Nem todo instituto faz pesquisa e esse detalhe faz toda diferença. Todos perdem, menos o eleitor. Já o povo… aprendeu a também trair.
Simples assim. Difícil é garantir o voto
Por Wadson Regis