A Justiça Eleitoral tem feito um trabalho importante, na busca por equilíbrio de forças nas disputas eleitorais, mas há situações em que pouco ou nada pode fazer.
É o caso da realização de obras físicas por prefeitos que estão no exercício do mandato e concorrem à reeleição ou apoiam algum candidato.
Uma circunstância que aumenta ainda mais o favoritismo dos atuais gestores.
A proibição de exibição de propaganda paga em veículos de comunicação, durante a campanha eleitoral, não impede que os prefeitos utilizem as redes sociais para divulgar o seu trabalho, visando acima de tudo a captação de votos.
E ainda há outras vantagens por estarem no exercício do mandato, como nomeação de comissionados, contratação de terceirizados, uso de recursos financeiros do município…
Enfim, a utilização da máquina pública dentro da legalidade.
Isso tudo estabelece uma diferença enorme entre quem está no poder e seus opositores.
Daí ser comum se dizer que prefeito, governador ou presidente da República só perde eleição se for muito ruim de voto.
Por Flávio Gomes de Barros