Nos três primeiros meses de 2024, Alagoas registrou 167 mortes no trânsito. O número representa um aumento de 10,59%, se comparado aos 157 registrados no mesmo período de 2023. Os dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS).
O número registrado no primeiro trimestre deste ano representa uma média de quase 2 mortes por dia (1,8).
Os dados foram divulgados no contexto da campanha Maio Amarelo, criada em 11 de maio de 2011, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a década de ação para a Segurança no Trânsito. Os países signatários se comprometeram a reduzir a violência no trânsito em um percentual de 50%.
De acordo com o governo de Alagoas, as principais causas dos acidentes de trânsito que resultam em morte no estado são o consumo de bebidas alcoólicas e a não utilização de itens obrigatórios, como capacetes, cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças e recém-nascidos.
Outros fatores estão relacionados aos acidentes, como o excesso de velocidade, o uso de aparelhos eletrônicos durante a condução e a falta de atenção.
Atendimento a vítimas
Também no primeiro trimestre de 2024, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) socorreu 1.403 vítimas de acidentes de trânsito em Alagoas. No geral, nas estatísticas estão inclusos queda de moto, colisão entre carro e moto, moto e moto, além de atropelamentos por veículo automotor.
O número foi menor quando comparado ao mesmo período do ano passado, que registrou 1.467 atendimentos. Ainda assim, o número ainda é alto, representando, em média, 16 atendimentos por dia, o que preocupa as autoridades de saúde pública.
Isso porque os acidentes de trânsito aumentam o número de pacientes atendidos nas unidades hospitalares, impactam nos custos de tratamento, causam sequelas graves nas vítimas, além de centenas de óbitos anualmente, o que poderia ser evitado.
“As unidades de saúde recebem as vítimas com lesões e, por isso, a violência no trânsito tem total relação com a Sesau [Secretaria de Estado da Saúde]. Precisamos sensibilizar a população sobre a necessidade de se adotar cada vez mais medidas focadas na prevenção de acidentes”, destaca a gerente de Vigilância e Controle de Doenças não Transmissíveis da Sesau, Rita Murta.
Fonte – Extra