Com prefeitos eleitos e diplomados, o início de novas gestões em 2024 já apresenta desafios, especialmente em municípios onde a transição administrativa encontra barreiras. Em Alagoas, enquanto 97 cidades terão continuidade de gestão, três municípios enfrentam sérias dificuldades no diálogo e acesso às informações necessárias para um início organizado de mandato.
No Agreste alagoano, o prefeito eleito Bruno Teixeira (PSB) denuncia falta de transparência e acesso limitado à documentação municipal. Segundo Teixeira, a situação indica um cenário preocupante, com serviços públicos em calamidade. “Sem as informações necessárias, estamos entrando às escuras, o que prejudica o planejamento e a recuperação da cidade”, afirmou. A equipe do prefeito eleito já visualiza uma realidade marcada por descaso e precariedade.
A prefeita eleita Rita do Araçá (MDB) utilizou suas redes sociais para criticar duramente a gestão que se encerra. Em uma publicação no início de dezembro, Rita destacou o descaso enfrentado pela população e a ausência de cooperação na transição. “O que já era difícil tornou-se alarmante após a derrota da atual gestão nas eleições”, escreveu. Até o momento, não houve retorno oficial da prefeita eleita sobre avanços no processo.
Roberto Wanderley (MDB), eleito em Estrela de Alagoas, afirmou ter protocolado, em outubro, um pedido formal para iniciar a transição administrativa. Em suas redes sociais, Wanderley destacou a importância de um processo transparente para planejar o futuro do município. Apesar disso, até o fechamento desta edição, não foi possível confirmar se houve progresso na obtenção de informações essenciais.
O cenário expõe a importância da conciliação e do diálogo para garantir que os novos gestores possam assumir seus mandatos com as condições necessárias para enfrentar os desafios administrativos e atender às demandas da população.