A orla marítima de Maceió ganhou mais um espaço dedicado à mobilidade acessível. Com 2,1 km de extensão, a nova faixa de passeio compartilhado foi pintada de verde e instalada ao longo da Avenida Assis Chateaubriand, conectando o emissário submarino, no Prado, à praia da Avenida, no Jaraguá. O local foi pensado especialmente para cadeirantes, mas também pode ser utilizado por ciclistas e pedestres, promovendo uma integração maior entre os diferentes públicos.
Mais acessibilidade para cadeirantes
O projeto da Prefeitura de Maceió busca oferecer melhores condições para cadeirantes que circulam pela região, promovendo mais segurança e autonomia.
“O novo espaço traz uma melhor mobilidade para cadeirantes que querem circular pela orla. O pensamento da Prefeitura é melhorar a acessibilidade desse público, que ainda passa por dificuldades e que, aos poucos, vai recebendo soluções para que possam ter acesso a todas as áreas da cidade”, destaca André Santos, diretor-presidente do Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT).
A faixa verde da orla se conectará com outras faixas já existentes em Ponta Verde e Pajuçara, ampliando a rede de espaços compartilhados na cidade. A proposta segue o modelo já adotado na Gruta e Serraria, que ligam a Avenida Fernandes Lima à ciclofaixa da Avenida Muniz Falcão, passando por pontos estratégicos como o Hospital da Cidade e o Murilópolis.
Revitalização e infraestrutura urbana
Além da nova faixa, a região passou por um amplo processo de revitalização, contemplando cerca de 40 mil m² de melhorias. Entre as intervenções realizadas estão a recuperação estrutural da área, a instalação de uma Academia do Povo, a restauração de bancos, novos projetos paisagísticos e a modernização da iluminação com tecnologia LED.
Para garantir um uso adequado do espaço e a harmonia entre os diferentes públicos, a Prefeitura implementará uma sinalização específica. “A sinalização indicará quem pode utilizar o espaço, que é uma forma de garantir mais segurança e o bom convívio entre os usuários”, explica Luciano Martins, diretor executivo de Engenharia de Tráfego e Mobilidade do DMTT.
O significado do verde na mobilidade urbana
A cor verde foi escolhida para a faixa seguindo padrões internacionais de mobilidade urbana sustentável. Cidades como Nova York, Seul e Londres adotam o verde para destacar espaços voltados para pedestres e ciclistas, além de reforçar a ideia de transporte ecológico.
“Ao optar pela cor verde, nos baseamos em estudos que mostram que essa cor e derivadas como verde-limão são altamente visíveis, especialmente à noite, trazendo assim eficácia na visualização dos usuários e também de condutores de veículos automotores, o que traz mais segurança viária. O verde reforça a ideia de integração entre pedestres e ciclistas, criando um ambiente mais acolhedor e sustentável para todos, ao se integrar melhor ao ambiente urbano, arborizado e de praia”, explica André Costa, especialista em mobilidade.
Com essa nova estrutura, Maceió avança na promoção da acessibilidade e na valorização dos espaços públicos, tornando a cidade mais inclusiva e conectada para todos os seus moradores e visitantes.