- Para equilibrar as contas públicas, o governo necessita de maior receita.
- Para obter mais receita, é necessário aumentar a arrecadação.
- Para aumentar a arrecadação, é preciso o apoio do Congresso.
- E aqui surge o impasse.
O Congresso declara que não entregará o que o governo busca – impostos – a menos que o governo atenda às demandas do Congresso – cargos.
Esse é o contexto por trás das tensões públicas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP).
No entanto, a disputa vai além do tradicional sistema de trocas.
Haddad está diretamente e completamente dependente do Congresso para alcançar algum tipo de equilíbrio fiscal.
O presidente da Câmara tem dúvidas sobre esse esforço.
Ele acredita que deveria receber compensações, como redução de despesas – daí a insistência em falar sobre uma reforma administrativa, visto que a folha de pagamento dos funcionários públicos é o segundo maior gasto do governo brasileiro.
No entanto, o governo não quer nem ouvir falar em reforma administrativa.
Essa compreensão política entre a licença para gastar e o esforço para cortar despesas ainda está longe de alcançar um consenso.
Dado que o poder Executivo está sujeito a prazos para aumentar a receita, e esses prazos dependem da Câmara e do Senado…
…Arthur Lira está simplesmente reafirmando quem detém o poder.
Fonte: CNN