O último resquício de lagoa saudável no litoral de Maceió vai se manter vivo. O projeto imobiliário multimilionário com espigões de alto padrão, que seria erguido na Lagoa da Anta, não deve sair do papel. Após as empresas que estavam envolvidas recuarem da ofensiva contra o patrimônio ambiental de Alagoas, o Ministério Público Estadual (MPE) arquivou a diligência que realizava.
À Gazeta, o promotor Jorge Dória foi enfático ao afirmar que segue vigilante para caso a possibilidade ressurja e que não permitirá que a paisagem característica da cidade seja desconfigurada.
“Esse procedimento foi arquivado em função da inexistência de medidas efetivas de transformação da área. Caso esse assunto volte à tona, ou de alguma forma venha se falar, ou se alguma ação efetiva venha a ser tomada nesse sentido, o Ministério Público tomará as providências no sentido de proteger aquela paisagem, uma vez que seria inadequado e irregular [um projeto imobiliário]”, explicou.
No fim do ano passado, a construtora Record e a Prefeitura de Maceió celebraram o acordo, que permitiria a derrubada do Hotel Jatiúca e a construção de cinco espigões à beira-mar de Maceió.
O órgão ministerial pediu explicações, uma vez que os danos ambientais e urbanísticos do novo projeto seriam difíceis de mensurar e com danos incalculáveis para a lagoa da anta e toda diversidade, além da restrição no fluxo de pessoas que hoje coabitam harmonicamente com a região.
Fonte – GazetaWeb